O primeiro sinal foi aquele olhar perdido. Aquela expressão de quem não tem os olhos e a imaginação no mesmo lugar que o resto. Logo que começou a andar veio o segundo sinal: os pés trocados. Vivia aos tropeços e tombos.
Com os anos se acumulando em páginas tortas de um conto estranho, iam aparecendo todas aquelas marcas imaginárias de uma vida entre-mundos. O deleite de perambular entre [ir]realidades enquanto enganava a todos com aquele discurso de racional-cético-normalóide, enquanto se divertia sozinho com as faces chocadas dos normalóides em tempo integral.
Com os anos se acumulando em páginas tortas de um conto estranho, iam aparecendo todas aquelas marcas imaginárias de uma vida entre-mundos. O deleite de perambular entre [ir]realidades enquanto enganava a todos com aquele discurso de racional-cético-normalóide, enquanto se divertia sozinho com as faces chocadas dos normalóides em tempo integral.
Agora que boa parte de seu castelo de sonhos com paredes de guloseimas e jardins de jujubas já estava com a construção bem adiantada, escolhia cuidadosamente cada membro de sua corte. Já tinha sua rainha-fada-interrogasonho-de-bico-inclinado, que solta borboletas histéricas pelo umbigo e rouba sua alma com o olhar; a família real, que possuía superpoderes bem especiais e era dos mais importantes pilares daquele lugar; as músicas para dias de festa; toda a sorte de personagens inventados, fugitivos de seus delírios tortos e finalmente um exército de letras enfileiradas, pra mostrar aos contrassonhosassíduos, raça desprezível e cinza, que o Povo Inclinado ainda Sonha.
E tinha ainda aquela mania boba de transformar Haikais em discursos inflamados...