Relutante, tentava não balançar as pernas, brincar com os anéis ou beliscar o queixo - pequenos tiques adquiridos com as voltas do relógio - mantia aquela falsa expressão de comportamento adequado.
Ao lado o mundo gritava na correria louca de transeuntes sem rosto que pareciam amarrados, andando em fila indiana: quanta pressa!!
Retirou do bolso o seu lápis-rouba-sonho, ferramenta que usava para transcrever delírios em letras e desenhos estranhos, e começou a desconstruir. Despoemas, crônicas invertidas ou histórias de final duvidoso. O ofício de enfileirar letras e causar pequenos transtornos como uma forma de fugir daquele mundo corre-corre é para poucos um tique (que assim seja em forma exagerada com crises histéricas).
Repousou calmamente o lápis no bolso quando ouviu seu nome.
Essa costumava ser sua manhã no mundo engravatado dos normalóides: fingir andar reto e certinho, enquanto conspirava secretamente pra deixar o mundo um tanto mais surreal.
12 comentários:
quem é de sonhos e descoonstruçoes(que reconstroem) nunca sera um "comum"...
beijo bem grande
nem me falou do texto...
;/
, surreais conspirações, reais pirações... em os tiques taques sr regislógio vai seguindo o caminho...
, abraços meus.
pessoas cinzas normais....
Lindo isso aqui; tô visitando o blog pela primeira vez e adorei :}
Beijão,
Camila
belo blog!
Saudades daqui...bjs
essas conspirações são as que valem :****!!
Olá, querido...grandes conspirações mesmo..bjs
www.drikaflor.zip.net
desconstruções construídas na magia de um poeta.
poeta bom é poeta morto?
Olá!
Eu li lá na Pasárga que você escreve bem, vim conferir! rs
E achei que é verdade.
:)
Adoro o teu kantinho!!!!
beijus!
Eneida Fernandes
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