terça-feira, fevereiro 10, 2009

DESASTRONAUTA


[imagem do artista Weno, publicada originalmente em sua home: http://www.weno.com.br/]



O Desastronauta caminhava nas entrelinhas de seu espaço circunflexo. Árbitro de suas próprias incoerências, investigava seus desfazeres e recusas assumidas.
Era costume ser inconveniente em suas auto-avaliações. Já fora o grande Ponto Duplo, lorde desbravador de desgaláxias e outros lugares imaginários; já perambulara com pés trocados em irrealidades fingindo ser malabarista; já tentou fugir de si enquanto dormia, em busca de conhecer novos tijolos que não amarelos. Amarelou-se e fingiu que ele nao era consigo mesmo.

Recentemente ganhara o prêmio de coadjuvante em sua grande obra de meia lauda, e co-quase-semi roteirista de sua tragicômiga história.

Há um tempo vestira um avental pentalóide e recebra o cargo de artífice de si mesmo, função na qual já nascera, mas agora recebera por três vezes a incumbência de dar andamento.:
Não tinha preguiça das andanças, muito pelo contrário, gostava das desventuras e de fortes emoções. Divertia-se em capturar instantes e explodir em letras o que lhe vinha aos olhos e à alma, mas sofria de uma persistente síndrome de comodismo sedentário. Talvez tivesse adquirido tal enfermidade macabra exercendo o labutário estressadinho do seu outro eu, praticado oito horas por dia.

Escolheria viver de deslizes e outras coisas sorridentes, se fosse uma opção, mas o grunido do bicho-bucho não perdoa.
Mas... não aguentava mais aqueles tempos normalóides. Era hora de voltar às estrelas e percorrer os desmundos imaginários com todos aqueles trololós e onomatopéias saltitantes. Era hora de voltar a devorar livros e fazer as letras escorregarem docemente goela a baixo; de saltitar em uma perna só, desviando de cometinhas azulados e fazer caretas ao monstro-frevo-aleluia, esse maldito devorador de asas e cores.


... e saltou o Desastronauta pro mundo do espelho outra vez, de onde nunca deveria ter saído.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Concurso "Contos de Teresina"

Enfim, concluídas as análises do Concurso Contos de Teresina, promovido pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, foi finalmente divulgado o resultado.
No concurso, para o qual tive a honra de ser convidado para compor a banca de juízes junto do grande mestre Assis Brasil (tietagem mode on), renomado escritor piauiense; e do também escritor João Bosco da Silva, concorreram 24 obras. Muitas delas bem escritas, instigantes e provocativas. Outras porém, nem tanto.
Os dois primeiros colocados serão publicados na próxima edição da revista Cadernos de Teresina.
Os vencedores foram:

1° Redemoinho de emoções, de Ana Maria Quessada

2° Quando a morte se chama Crispim, de Raimundo Nonato Lopes

3° O velho, de Célia Silva Forte




Além do destaque para:

O assassinador, de Antônio José Fontenele da Silva; O furto de Caim, de Antônio de Pádua Ribeiro; A mulher que amava o monstro, de Eugênio Carlos do Rego; O sábio artesão, de Glauber dos Santos Teixeira e O conto de quinta, de Sâmara Eugênia Viana Moura.


Foi uma experiência muito interessante, principalmente por ter me dado a oportunidade de conhecer o mestre Assis, com o qual aproveitei a deixa pra expor um projetinho futuro que logo falarei aqui.
Por hora é isso.





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Confira abaixo a matéria da página da FCMC:

Literatura
Divulgado resultado do Concurso Contos de Teresina30/1/2009 11:51:24
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Depois de alguns meses de espera, nesta sexta-feira foi divulgado o resultado do Concurso Contos Cidade de Teresina 2008, promovido pela Prefeitura Municipal de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, que premia os melhores autores com textos deste gênero tendo a cidade como referência.
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O concurso foi aberto em junho e teve dezenas de inscritos, sendo que três foram premiados. De acordo com o parecer da comissão julgadora, em primeiro lugar ficou o conto “Redemoinho de emoções”, de Ana Maria Quessada; em segundo, ficou o conto “Quando a morte se chama Crispim”, de Raimundo Nonato Lopes; o terceiro colocado foi “O velho”, de Célia Silva Forte.
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O concurso tem a finalidade de incentivar a ambientação de contos na cidade, dando ênfase às manifestações culturais locais, a seu espaço físico ou à história do município. A premiação atribuída pelo concurso é a seguinte: 1º lugar: publicação, pela FCMC, na Revista Cadernos de Teresina e a quantia de R$ 1.000,00 (um mil reais); 2º lugar: publicação do conto na Revista “Cadernos de Teresina”; edição de nº. 42 e outorga de menção honrosa; 3º lugar: outorga de menção honrosa.
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De acordo com o Coordenador de Editoração e Literatura da FMCMC, César Augusto Barros, o resultado do concurso teve um atraso devido um problema com um dos avaliadores. “A falta de compromisso de um deles prejudicou enormemente a finalização do resultado, postergando e terminando por não entregar a sua avaliação, o que levou a Coordenação a convidar um quarto avaliador para completar as análises. Isso de certa forma gabaritou ainda mais a comissão, pois o substituto foi o mestre Assis Brasil”, frisa.
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Além disso, como a qualidade de alguns trabalhos foi bastante elevada, a Comissão, formada também por João Bosco da Silva e Régis Falcão de Área Leão, sugeriu que fossem destacados os contos “O assassinador”, de Antônio José Fontenele da Silva; “O furto de Caim”, de Antônio de Pádua Ribeiro; “A mulher que amava o monstro”, de Eugênio Carlos do Rego”; “O sábio artesão”, de Glauber dos Santos Teixeira e “O conto de quinta”, de Sâmara Eugênia Viana Moura.
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Neste ano, o concurso será lançada no mês de março e a Coordenação de Literatura promoverá algumas mudanças no regulamento.
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[Errata: escreveram meu nome errado, o certo é: Regis de Arêa Leão Falcão Filho, mas enfim...]