Pés trocados era um trapezista.
Usava cores que tinha guardadas, mas andava nu.
Tinha cores e açúcar de sobra sempre. Guardava tão junto que pareciam vestí-lo. Somou a habilidade de chaveiro [abria as trancas e deixava os sorrisos fugirem livres], a ousadia de pular entre chamas [pois uma ou outra queimadura faziam parte do caminho, e era sempre divertido descobrir o que havia do outro lado], misturou com o que conhecia de truques [parou de fazê-los e descobriu a mágica de verdade. Acreditava Nela....] e finalmente suas infinitas possibilidades de sonhar. Nasceu o Trapezista. Seus pés trocados andavam pela corda, ameaçando sempre virar, mas nunca estivera caminhando melhor. Pés-certinhos não conseguiriam andar ali. Equilibrava cores, delírios, sonhos e risos, todos na ponta do nariz. As mãos gesticulavam, soltando estrelas [componente básico para a mágica]. Tinha dois trunfos que guardava para a grande Noite [que era todo Dia]: um belo par de asas, e sua língua esquiva, que usava para adestrar palavras, de forma que nunca soubessem se elas estavam ou não domadas. Agora, que estava no caminho [in]certo, só uma dúvida lhe corroía....
[fim do início. Para recomeçar denovo do começo]
o.
[fim do início. Para recomeçar denovo do começo]
o.