quarta-feira, março 29, 2006











- Às vezes é tão dificil ser um sonhador...

- hunpf.

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Delírios histéricos e Interrogassonhos.



o.


[...]

domingo, março 26, 2006

ACORDORMECENDO.

Acordormecia.
Sorriava em lagrisos estrangraçados.
Perdiava-se.
Mordeijava estrelidentes borbolumes e vagaletas.
Retisentia interrogrilos pululantes no meio da imaginealidade.
Acordormecia.
Perambulava em reviravaivolta. Desachava.
Coloriava nova historealidade em vontasejos de açúCor.
Apostarriscava em ritmadelinhas.
Que infinite em retinuação.
Acordormecia.
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Tinha aquele andar torto e sorriso engraçado..
Uma vida sonhos, que coloriam o imaginário.
Mas cores gostam de passear.
Batia a cabeça em estrelas, pois era dado a voar alto.
Atordoado, ficava confuso. Lembrava de voltar.
Livre de si, percorria os caminhos escondidos.
Aterrisava vez ou outra, pra recuperar o fôlego.
Lembrava quando devia esquecer.
Acreditava uma vez mais.
Ia fundo. Ainda que não errasse o chão e caísse feio.
Kaffeetasse, para o corpo. Farbe, para a alma.
Aquele adorável teatro de sonhos verdadeiros...
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Sábados deveriam ser mais reticêntes e domingos menos saudosos.
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Caminhar na chuva e gritar de vez enquando junto dos trovões é um otimo exercício insano para a sanidade.
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O.

domingo, março 19, 2006

TEOREMAS INCERTOS E CORES REDUNDANTES.

Sentou-se na cadeira desconfortavelmente acomodado. Retirou mais uma daquelas lanternas da alma, com uma brasinha na ponta. Degustou lentamente o momento... sorriu.
Andava em uma luta contra a vida acordada e os sonhos, que descoloriam de vez em quando. Escrevia, escrevia... apagava, apagava e apagava. Só aquelas incertas não se apagavam, teimando em ficar ali, hora faiscando, hora dançando diante dos olhos, em seu caminho de subida incerto.
Adorava aquela sansação caótica, quando tudo parecia perder o controle. Sentia-se mais vivo. Sentia-se ainda ali.
Era intuitivo, bem sabido isso pelos transeuntes eventuais. Seguia as reticências adiante, com suas estrelas amarradas nos pés. Era uma caminhada longa até aquele sonho novo e colorido, cheio de possibilidades. Algo dizia, algo sorria. algo parecia...
Mas... há sempre um "a mais", entornando a taça e deixando escorrer o carmim seco sobre a toalha... onde dariam suas escolhas? onde dariam as escolhas que não eram suas?
o meio-caminho-perdido era dois algarismos anterior ao ponto de interrogação da variável inconsistente. Que seja bom, de cálculos ou de chute, e que o resultado não pareça com mais um teorema estranho ou fórmula embaralhada.
Dias de chuva chegam. se arco-íris ou trovões, só o tempo reticente dirá...
me viro do avesso.
[...]
o.

domingo, março 12, 2006

0:32 - entre a carteira amassada e a lacrada.

Chovia de uma forma engraçada naquele dia. Era uma chuva de inconsistentes interrogações. Umas chegam em forma de zeros e uns, outras em olhares e sorrisos indefinidos, e muitas mais criadas dentro de sua própria cabeça.
Corria para um lado e outro, mais perdido [achado] do que nunca.
Figurava em letras as objetividades acentuadas de suas idéias. Mascarava, para poder seguir adiante... "ah,mas tem aquele que disse severo: permita-se". E ele então decidiu que aquela era uma carta muito especial, dentre as outras 21, então iria segui-la.
Daqueles dias guardado em si em diante, seria tudo diferente. Como eram todos os dias.
[resolveu que enfeitar o cenário demorava tempo demais e os atores principais terminavam partindo. Adotaria o "agora" como tempo-desverbal-vivendo]

sexta-feira, março 03, 2006

sexta-cinza

Eu quero um sonho bem colorido pra me aquecer a imaginação nessa sexta-feira cinzenta. Ou um delírio inconsequente, pra saciar minha vontade de me perder...
[e minha imaginação compulsiva anda tímida, quanto à este espaço...]

quarta-feira, março 01, 2006

Bar, Blues e Memórias...

Aquela música de uma cantora negra de voz grave, era um perfeito complemento à um fim de noite, tal qual as piores histórias, que terminam em um bar desse tipo e em um Blues.
O homem bêbado, sentado ao lado do balcão com uma garrafa quase vazia de whisky vagabundo, olhava a fumaça azulada subindo devagar. Ela escrevia diante daqueles olhos semi-cerrados, a história dos sonhos de um ex-idiota que sofria de um acentuado problema de memória.
A camisa com os botões superiores abertos e a gravata desajeitada davam um ar tragicômico àquela figura, e as nada sutis manchas no colarinho eram um ótimo aviso de "mantenha distância".
O cinzeiro cheio, deixava escorrer a pilha de baganas com filtro avermelhado, espalhando cinzas pelo balcão de cerejeira. Ele era como sua boca amaldiçoada, que sempre deixava escorrer pedaços de histórias possíveis e desejos de sua alma. Seu pior inimigo vivia atrás das lentes raladas de seu óculos [que talvez dessem uma disforme imagem agradavelmente melhor aos seus olhos que se não os usasse], e a arma mais perigosa contra si próprio era aquele degenerado músculo-dos-sabores que vivia sob o céu da boca: o inferno da língua.
Cada nota daquele Blues amargo, parecia conhecer o caminho correto entre seus tímpanos e seu orgulho. Atingiam em cheio e sadicamente todos os ontens que vivera.
As cascas de amendoins do lado esquerdo eram uma das poucas companhias suportáveis, pelo simples fato de sempre saber o que esperar quando cantasse aquele estalo entre os dedos, fazendo a casca se rompr. Quisera esperar o mesmo quando tivesse entre as perguntas, um estalo menos interrogativo, ou surpresas menos desagradáveis.
Fuçou entre os bolsos do paletó e retirou os últimos trocados. Cédulas de dias suados, que sempre lhe serviam bem na persistente tentativa de esquecer seu nome, quando afogava a língua no amargo e fedorento malte escocês vagabundo, cujas cores do Kilt nao enganavam a procedência da cidade vizinha. Catou o que sobrou dos cigarros amassados, e as histórias que contava a si proprio todos os dias e guardou no bolso, junto do relógio, do orgulho e do prazer de dois minutos.
Sentir-se ridículo era o sinal para ir embora cambaleando, deixando o rastro de amargura que parava vez ou outra pra catar.
Dormiria, até que viesse outra noite de bar, blues e memórias.