segunda-feira, maio 01, 2006

livros em chamas.

Às vezes acordava com aquele desconforto poético. Uma fagulha revoltada que inflamava dentro de si.
Era uma irritante necessidade de revolução, de enfrentar com marcha dura, aos brados fortes e irados a massa de normalóides fardados.
Era de fato um desconforto poético, literário, artístico...
Costumava se flagrar imaginando aquele cenário em chamas; ele com um lenço vermelho cobrindo o rosto e nas mãos livros pra atirar, verdadeiros cocktails molotov de desconstrução. Os lábios parindo aos gritos poesia, contra os assustadores gritos linearidade e moralismo cortando o ar.
Em seu mundo imaginário, plantava contos e colhia irrealidades. Lutava a guerra silenciosa no país da contra-cultura.
Às vezes ia dormir de mau-humor.

5 comentários:

Anônimo disse...

PRIMEIRAAAAAA!
raridade, meu santo ¬¬
:*
ainda te amo, viu primo-sumido-do-c*?
:************
\o/
e eu já tô andandooooo ^^
qualquer dia desses, eu tô aí te atentando.

Anônimo disse...

olá, régis. passei por aqui ontem à noite, com calma e preguiça. acabei não comentando. voltei agora, só pra te dizer que primeiro anotei inteirinha a receita aí de baixo, depois, quase ia telefonando pros bombeiros... mas aí vi que não era necessário, que essas tais chamas é bom mesmo que não se apaguem... 1 abraço.

Claudio Eugenio Luz disse...

Antes de mau-humor do que dormir de cabeça vazia, com a consciencia limpa e arrotando tudo está bem. Bela narrativa.

hábraços

claudio

Anônimo disse...

'plantar contos e colher irrealidades' pra adocicar a nossa realidade

Anônimo disse...

"Para vigias em ronda: Café"(nando reis)
você já trava esta paz menino! mas com palavras de côr e sem gritos de dor... este incêndio que não dói é teu!
um beijo
ah! e estes pedacinhos de papel enfeitam-te bem :)